segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cresce vendas da jaqueta à prova de bala


A violência aos motociclistas vem aumentando a cada dia e algumas delas são repercutidas pelas mídias por serem filmadas, identificando a frieza com que os bandidos agem, atirando à queima-roupa.

Pensando nisso, uma empresa brasileira que se especializou em coletes à prova de balas também passou a oferecer jaquetas com esse tipo de proteção para os motociclistas. Segundo a Tamtex, a procura por essas peças subiu 200% depois da divulgação de um vídeo de uma tentativa de roubo de moto na capital paulista em outubro do ano passado. No entanto, para comprar este equipamento é necessário ter autorização do Exército.

Após o flagra feito pelo motociclista, o site da marca passou a ter mais acessos, mas a fabricante não quis divulgar a quantidade de jaquetas vendidas no período, alegando que pretende manter a discrição dos usuários.

De acordo com o Exército, este tipo de vestimenta balística só pode ser vendido ao público em geral se o interessado tiver mais de 21 anos, e com autorização prévia. A licença deve ser obtida na Secretaria de Segurança Pública de cada estado e é preciso apresentar atestado de antecedentes criminais e comprovar vínculo empregatício.

A Polícia Civil encaminha o registro ao Exército. Após a expedição da autorização, que leva de 20 a 30 dias, o comprador pode retirar o produto. São os mesmos requisitos exigidos para adquirir um colete à prova de balas.

A Tamtex salienta que o usuário deve sempre levar consigo a licença e é proibido emprestar as jaquetas a terceiros. Caso a pessoa seja abordada por autoridade com a vestimenta e sem a habilitação para uso da mesma, trata-se de crime inafiançável, diz a empresa.


Preços

A empresa, que já produz coletes à prova de bala há 6 anos, diz ser a única a ter este tipo de jaqueta no Brasil e uma das únicas no mundo. Por ser um produto controlado, a Tamtex também precisou de autorização do Exército para produzir as jaquetas em Mauá (SP). Para vender à pessoa física, é necessária outra licença, então essa atividade é feita por outra empresa do grupo, a Irontex. Existem ainda parcerias com lojas de armas em São Paulo, onde as jaquetas também são vendidas.

Os preços variam de R$ 1.825, para as jaquetas de material sintético, e R$ 2.425, para as de couro - os valores incluem assessoria para obter a autorização de uso junto às autoridades.
Ao todo, há oito modelos disponíveis. Também existe a possibilidade de transformar a jaqueta pessoal do interessado e deixá-la com resistência a disparos. Válido apenas para as feitas de couro, o serviço custa R$ 1.425.

Capacete e calça à prova de balas

As jaquetas à prova de bala pesam em média 4 kg, sendo 2 kg devido ao sistema de blindagem. A proteção balística é feita de Kevlar, uma fibra de polímero de alta densidade, que está localizada nas áreas do tronco, dorso e pescoço da jaqueta, enquanto o material plástico fica localizado nos ombros e cotovelos, para amortecer danos em caso de queda.

Segundo a marca, a proteção do pescoço também inibe a ação de linhas de pipa, que podem provocar ferimentos nesta parte do corpo dos motociclistas.
A Tamtex disponibiliza dois níveis de proteção antibala para as jaquetas: a II e a II-A. Segundo a empresa, a opção II-A resiste a tiros de 9 milímetros e até calibre 40, enquanto a II também suporta as de calibre 357.

"Nosso intuito é manter a discrição de nossos clientes. A jaqueta parece e tem o caimento de peças normais”, explica Silvério. Com a demanda, o empresário pensa em oferecer outros itens à prova de balas para motociclistas. “Em breve, teremos calças e, para mais longo prazo, estamos desenvolvendo um capacete”, completa o empresário.

Com informações de Auto Esporte Motos


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